Escala
Diatônica e Escala Maior
A Escala Diatônica é composta somente
por notas naturais, e é representada aqui pela escala de Dó Maior. A estrutura das Escalas Maiores (principal
tipo de Escala Diatônica) é a seguinte:
T - T - s - T - T - T - s
T = Tom
s
= semitom
Notas
da Escala de Dó Maior:
C - D - E - F - G - A - B - C
A
escala no braço da guitarra
As notas das escalas podem ser tocadas
em qualquer instrumento musical. Na guitarra, para ficar mais fácil de
encontrar essas notas, usamos desenhos prontos. Estes desenhos podem ser
chamados de diversos nomes, de acordo com a preferência do professor e do
aluno. Por exemplo: desenho, shapes, modelos, padrões, blocos, quadratura, etc.
Todos esses nomes significam a mesma coisa. Neste artigo, vamos chamá-los de
Padrões.
Um Padrão é simplesmente uma região do
braço da guitarra, onde tocamos 2 ou 3 notas em cada corda. Cada padrão começa
na 6a corda, partindo de uma sequência por uma a uma das notas que
pertencem à escala.
Exemplo: Na escala
de Dó Maior, temos 7 Padrões no braço da guitarra/violão, cada um começando por
uma das 7 notas da escala. O Padrão de Mi tem as mesmas notas da escala de Dó
Maior, e começa pela nota Mi na 6ª corda. Veja a tablatura abaixo, que também
mostra o Padrão de Fá (também com as mesmas notas da escala de Dó Maior).
Escala
de Dó Maior:
Padrão de Mi Padrão de Fá
E --------------------------------------0-1-3------------------------------------3-5----
B ------------------------------0-1-3------------------------------------3-5-6---------
G ----------------------0-2---------------------------------------2-4-5----------------
D -----------------0-2-3------------------------------------2-3-5----------------------
A ----------0-2-3------------------------------------
2-3-5----------------------------
E -----0-1-3------------------------------------1-3-5----------------------------------
Padrão de C (principal Padrão da escala de Dó
Maior)
E -------------------------------------------------------10-12-13---------
B --------------------------------------------10-12-13--------------------
G ------------------------------9-10-12-----------------------------------
D ---------------------9-10-12--------------------------------------------
A -------------8-10-12--------------------------------------------------
E ----8-10-12-----------------------------------------------------------
Escalas
Menores
A formação das estruturas das escalas
menores dá-se da seguinte maneira:
T - s - T - T- s - T- T
T = Tom
s
= semitom
Escala
de Dó Menor : C - D - Eb - F - G - Ab - Bb - C
Existem três tipos de escalas menores:
Escala Menor Natural (esta acima); Melódica; Harmônica.
Campo
Harmônico
Campo Harmônico é a relação das notas
de uma escala com os acordes de determinado tom.
Por exemplo: para sabermos os acordes
do campo harmônico de Dó Maior, devemos relacionar os acordes de cada grau da
escala que possuem as notas correspondentes à escala de Dó Maior.
Notas
da escala de Dó Maior: C - D - E - F - G - A - B - C
Pegando os acordes de cada grau que
possuem somente notas naturais, temos:
Harmonia
Para uma estrutura simples de harmonia
temos os seguintes acordes: I - V - IV -
VI
I - TÔNICA OU FUNDAMENTAL
V - DOMINANTE
IV - SUBDOMINANTE
VI - RELATIVO
A partir disto, podemos realizar
diversos arranjos para um tom. O mesmo vale para qualquer outro campo harmônico.
Veja abaixo um exemplo de progressão
simples em arranjo para o Campo Harmônico de Dó Maior:
/ C / G / F / Am /, respectivamente graus I - V - IV - VI. Ou seja: Tônica,
Dominante, Subdominante e Relativo. Tente também criar suas próprias
progressões e arranjos para os campos harmônicos.
Progressão
Harmônica
Há uma diferença entre um acorde maior
e um menor. Os músicos e estudantes de música, quando tentam expressar em
palavras tal diferença, costumam dizer que o som dos acordes maiores são mais
alegres, enquanto os acordes menores são mais tristes. Dessa forma, músicas com
motivos tristes, tendem a ser construídas em acordes menores e vice-versa.
Este tipo de sentimento, que é
normalmente gerado por diferentes acordes, é também utilizado na construção de
padrões sequenciais denominados progressões.
Pegue, por exemplo, uma sequência de acordes
qualquer de uma música, o padrão I-IV-V-I (C-F-G-C). Isto é uma progressão de
acordes. Se essa sequência for tocada várias vezes consecutivas, experimentando
diferentes ritmos e batidas será possível observar que todos os acordes se
encaixam perfeitamente. Há um apelo entre os acordes, um acorde criando
uma tensão maior ou menor. Este "apelo" é comumente denominado de
tensão, ou seja, certos acordes conduzem a uma tensão crescente,
acumulando tensão.
Quando se volta ao Dó (Tônica), esta
tensão é liberada. É possível perceber, ouvindo a algumas músicas, essa tensão
se acumulando em determinados trechos, até atingir um clímax (com certa
frequência, a parte mais alta), para ser em seguida liberada. Esta progressão
tomada como exemplo, que é uma das mais comuns nos dias atuais, é denominada de
progressão I-IV-V, (aquela citada no exemplo acima) e tem justamente estas
características de acúmulo de tensão e posterior liberação.
Ela é denominada I-IV-V porque é composta dos acordes de número I-IV-V de uma escala musical, neste caso a de Dó Maior.
Na escala de D, por exemplo, ela teria a seguinte formação: D-G-A-D.
Outras Progressões Harmônicas
Ela é denominada I-IV-V porque é composta dos acordes de número I-IV-V de uma escala musical, neste caso a de Dó Maior.
Na escala de D, por exemplo, ela teria a seguinte formação: D-G-A-D.
Outras Progressões Harmônicas
Uma outra progressão bastante comum é
a I-III-IV. Que na escala de Dó Maior resultaria em C-E-F. Ou, na escala de Mi
Maior, por exemplo, E-G#-A. Experimente com esta progressão em diferentes escalas
e com diferentes batidas.
A progressão de blues também é algo
muito importante e deve ser estudada. Um grande número de canções baseia-se em
progressões típicas e relativamente fáceis de serem aprendidas, através das
quais é possível "tirar" músicas e "levar" outras sem
conhecer sua composição.
Faça
sua própria música
As progressões constituem-se apenas
numa base que permite inúmeras variações, e não em regras fixas. Os grandes
músicos são justamente aqueles que, de certa forma, desrespeitam estas
progressões sem quebrar a harmonia do conjunto musical, ou seja, a tensão é
acumulada e quebrada através de uma progressão não convencional de acordes
utilizando-se da criatividade.
Autor: Júlio Vallim
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